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segunda-feira, 13 de maio de 2019

Uma literatura feminista afro-brasileira


Uma literatura feminista afro-brasileira

Juliano Barreto Rodrigues

CARNEIRO (2001) afirma que os negros estão entre as populações consideradas descartáveis, supérfluas, e que o processo de globalização “acentua o processo de feminização da pobreza”. Isso atinge de forma central a mulher negra que, para além da luta contra as desigualdades geradas pela hegemonia histórica dos homens, tem que lutar contra o racismo, um elemento indissociável nas suas ações de resistência. Afirma a necessidade de uma articulação das variáveis de gênero, classe e raça, que o feminismo de origem branca e eurocentrista não faz, deixando que as mulheres não brancas e pobres “lutem para integrar em seu ideário as especificidades raciais, étnicas, culturais e de classe social” (CARNEIRO, 2001, pág. 4). 
 
[…] segundo Lélia Gonzales, […] a inclinação eurocentrista do feminismo brasileiro constitui um eixo articulador a mais da democracia racial e do ideal de branqueamento, ao omitir o caráter central da questão da raça nas hierarquias de gênero e ao universalizar os valores de uma cultura particular (a ocidental) para o conjunto das mulheres. (ibidem).

Tratando da mesma questão, Conceição Evaristo acrescenta que, entre mulheres brancas e as mulheres negras:

[…] há uma condição que nos une, a de gênero. Há, entretanto, uma outra condição para ambas, o pertencimento racial, que coloca as mulheres brancas em um lugar de superioridade – às vezes, só simbolicamente, reconheço – frente às outras mulheres, não brancas. E desse lugar, muitas vezes, a mulher branca pode e pode se transformar em opressora, tanto quando o homem branco (EVARISTO, 2009, pág. 18, Nota de Rodapé).

Essa falta de identificação completa determina uma cisão? Djamila Ribeiro, escritora, pesquisadora e ativista do feminismo negro no Brasil, diz que O feminismo negro não é um recorte. Muito pelo contrário, a gente que pensa feminismo precisa pensar essencialmente por uma perspectiva de classe e de raça. O feminismo negro não exclui, amplia” (BECHARA, pág. 1, 2019).

A imagem da mulher negra foi historicamente construída sobre a figura da escrava ou empregada, marginalizada por ser mulher, por ser negra, por ser pobre. Luiza Barros diz que “essa marginalidade peculiar é o que estimula um ponto de vista especial da mulher negra, (permitindo) uma visão distinta das contradições nas ações e ideologia do grupo dominante” (BARROS apud CARNEIRO, 2001, pág. 5). Ela indica que essa visão tem que ser potencializada pela reflexão para a ação política. Haydée Paixão Fiorino fala que: 
 
Realmente, é repulsiva a formulação discursiva sobre a imagem da mulher negra que a encerra tanto como a criatura ultrassexual da propaganda quanto como a figura da “mãe preta”, aquela escrava/empregada que cuida de todos, que serve a todos. Esse discurso atua para tornar o domínio intelectual um lugar proibido para as negras, já que, mais do que qualquer grupo de mulheres nesta sociedade – ao lado, talvez, das mulheres indígenas –, elas têm sido consideradas “só corpo, sem mente” (FIORINO, 2016, pág. 1).

Surge daí o ponto mais importante de resistência da mulher negra, sua afirmação intelectual, a autodeterminação através da sua voz.

Patrícia Collins (2002), apontada como uma das grandes referências do feminismo negro norte-americano [...] Destaca o combate aos estereótipos por meio da autodefinição a partir da produção intelectual negra, ao valorizar as atuações enquanto mães, professoras e líderes comunitárias. Para essa autora, o ponto de vista das mulheres negras é definido com base na opressão vivenciada por elas, ou seja, a partir do lugar que ocupam na estrutura social. (ibidem)

Patrícia Collins diz que é necessária a construção de “espaços seguros” para as mulheres negras, espaços independentes das “'imagens' controladoras de sua condição, como maneira de resistir à ideologia hegemônica reproduzida pelas escolas, pelas mídias impressas e pelos meios de comunicação, agências governamentais e outras instituições do ramo da informação” (ibidem). Supõe-se que os espaços seguros a que se refere são espaços de pensamento e de fala, mais do que espaços de reunião exclusivos (que também podem ser segregatórios). Quando se fala em “espaço seguro”, acreditamos que se está referindo a um lugar de fala respeitado e reconhecido, tanto pelas próprias falantes quanto pelo meio hegemônico, coisa que só se impõe intelectualmente.

A literatura é o espaço, por excelência, em que o pensamento, as vivências, as diferenças culturais e de existência podem ser expressos evidenciando os valores e o imaginário de um povo, de uma comunidade, de um grupo (étnico, ou profissional, ou artístico etc.), de forma muito mais íntima e pessoal do que um ensaio e outras pesquisas acadêmicas, ou até outra forma de arte, podem mostrar. A literatura afro-brasileira, marcada por essa subjetividade étnica, literatura a que Conceição Evaristo chama “escrevivência”, tem, com sua força e falta de limites por ser arte, esse papel de dar voz – no meio escrito, que é mais perene do que a fala ou a performance e alcança os meios intelectuais – às mulheres e homens negros até então silenciados. Nas palavras do professor Flávio Pereira Camargo, 
 
Esta literatura contribui de modo significativo para o debate em torno da situação das mulheres negras em nossa sociedade, problematizando questões referentes à representação do corpo, do desejo, da identidade e da condição feminina dessas mulheres. (CAMARGO, pág. 1, 2019).

CAMARGO (2019) diz em suas aulas, que o sujeito negro tem que falar por si, do seu lugar de fala. Que há diferença entre as pesquisas e literaturas de brancos tratando de temas dos negros e aquelas escritas pelas próprias mãos de quem está, como diz a personagem Ana Davenga, da autora Conceição Evaristo, “vestido com aquela pele negra” (EVARISTO, 2016, pág. 29), ou seja, que vive a situação e carrega toda uma bagagem cultural, estética e de representação.

A própria Conceição Evaristo afirma que este posicionamento em relação a uma literatura afro-brasileira não é unânime, nem entre os escritores afrodescendentes. Alguns defendem que a arte é universal e não pode ser rotulada ou definida por gêneros, raças1 ou o que quer que seja. Mas Conceição argumenta que 
 
o texto, com seu ponto de vista, não é fruto de uma geração espontânea. Ele tem uma autoria, um sujeito, homem ou mulher, que com uma “subjetividade” própria vai construindo a sua escrita, vai “inventando, criando” o pondo de vista do texto. Em síntese, quando escrevo, quando invento, quando crio a minha ficção, não me desvencilho de um “corpo-mulher-negra em vivência” […]. (idem, 2009, pág. 18, nota de rodapé).

Pode-se contra-argumentar alegando que se está negando ao autor singular, enquanto artista de qualquer raça ou gênero, justamente sua capacidade de representar, de se colocar no lugar do outro (um outro real ou fictício) e ver por seus olhos, olhos da ficção, de sentir na sua pele. Até por isso, por exemplo, o narrador de um romance raramente se confunde com o autor. Se não, um negro não poderia escrever sob o ponto de vista de um branco2 (coisa que Chimamanda Adichie disse que fazia no início de sua literatura3, antes de optar por uma literatura engajada), um autor branco não poderia ter uma personagem negra, ou índia, ou japonesa , ou ciborgue, ou animal etc., nem, ampliando a ilustração, um budista poderia criar uma história sobre um cristão. 
 
Aderindo a esse posicionamento, consideramos que tais encapsulamentos, que negam o acesso, a produção ou a vivência de sujeitos diferentes em diferentes meios, são redutores, geram também preconceitos, como o purismo fundamentalista (cultural, ou de raça, ou de religião etc.). São também uma forma de preconceito. O que seria, por exemplo, do legado de Pierre Fatumbi Verger, Giselle Cossard Binon (Yalorixá Omindarewa), Bernard Malpoil, Natalia Bolívar Aróstegui, Roger Bastide, Lydia Cabrera, Juana Elbein dos Santos e tantos outros não negros que tanto produziram para o resgate das raízes religiosas afro, principalmente no Brasil e em Cuba?4 Se só se legitimar uma literatura escrita por quem pertence ao próprio grupo, classe, raça, ou gênero referido, quase nada do que se produziu de literatura até hoje, no mundo, pode ser aproveitado.

Há argumentos da Teoria Literária para os dois lados, e é preciso lembrar, por exemplo, que a antiga classificação e discussão sobre literatura escrita por mulheres – literatura que sofreu, podemos dizer, o complô masculino para classificá-la como literatura menor – provavelmente tenha trazido mais prejuízo e preconceito para as autoras (e nem foram elas que fizeram tal classificação, mas os homens) do que se não houvesse tal rotulação. A literatura de autoria feminina se impôs por sua força, trazendo as autoras à tona de forma inevitável, o que deveria ter tornado indiferente e descabida, para a crítica e apreciação artística, qualquer discussão acerca do sexo de quem a produziu.

Seja como for, a autora de literatura Conceição Evaristo se posiciona como escritora feminista afro-brasileira, de forma condizente com seu discurso acadêmico de ensaísta e de ativista. E, independentemente de se concordar com ela a respeito da existência (ou da necessidade da classificação) de uma literatura feminista afro-brasileira ou não, o essencial e urgente é ampliar a presença (visibilizar) e o foco dados aos personagens negros, fugindo dos estereótipos. Como ela mesma diz, referindo-se a uma textualidade afro-brasileira, já tem ocorrido mudanças:

Personagens são descritos sem a intenção de esconder uma identidade negra e, muitas vezes, são apresentados a partir de uma valorização da pele, dos traços físicos, das heranças culturais oriundas de povos africanos e da inserção/exclusão que os afrodescendentes sofrem na sociedade brasileira (EVARISTO, 2009, págs. 19-20).

No conto Maria, do livro Olhos d'agua, Conceição Evaristo fala de uma empregada doméstica, negra, sozinha, mãe de três filhos, cada um de um pai. Maria leva para casa, do serviço, um osso de pernil e frutas para os filhos famintos. Encontra no ônibus seu antigo companheiro, pai de seu primeiro filho, que lhe fala de saudade, da vida que tinham, manda um abraço, um beijo e um carinho para o filho. De repente ele se levanta do lado dela, onde havia se sentado, e anuncia um assalto no ônibus. Não pega nada de Maria. Depois que ele e um comparsa descem, levando os pertences dos passageiros, Maria é acusada de estar com os ladrões e é linchada.

Maria sintetiza vários elementos vitimizados pela desigualdade em uma só personagem: mulher, negra, pobre, em uma profissão subalterna, sem acesso à justiça institucionalizada. Mas ela é, antes disso, protagonista, romântica, MÃE. E tudo isso faz com que o leitor se identifique com ela, tenha empatia e compaixão. A construção literária vai ao encontro daquilo que Homi Bhabha5 chama de “direito de significar” (BHABHA apud EVARISTO, 2009, pág. 24) e na contramão daquilo que a militante Conceição Evaristo critica:

Percebe-se que a personagem feminina negra não aparece como musa, heroína romântica ou mãe. Mata-se no discurso literário a prole da mulher negra, não lhe conferindo nenhum papel no qual ela se afirme como centro de uma descendência.
[…] O que se busca argumentar, aqui, é o que essa falta de representação materna para a mulher negra, na literatura brasileira, pode significar. Estaria a literatura procurando apagar os sentidos de uma matriz africana na sociedade brasileira? O imaginário da literatura tenderia a ignorar o papel da mulher negra na formação da cultura nacional? (EVARISTO, 2009, págs. 23-24).

O que Conceição Evaristo faz, em seu conto, é afirmar aquilo que ela chama de contra-discurso à literatura hegemônica, trazendo textos “pautados pela vivência de sujeitos negros/as na sociedade brasileira […] (ibidem, pág. 27).

Maria é um texto “pesado”, que toca, que fica na memória porque choca o leitor com a crueza dos fatos e porque tem verossimilhança, é uma daquelas histórias bem possíveis de já ter acontecido, com poucas diferenças (nesse aspecto lembra o conto Feliz Ano Novo, de Rubem Fonseca). Faz pensar. 
 
Quanto faz diferença a autoria se o texto já diz tudo por si? É um conto que poderia ser analisado da mesma forma se não fosse de Conceição Evaristo? Sim e não. Literariamente poderia ser, e até as referências aos estudos de gênero, raça, classe social e injustiça social poderiam se realizar da mesma forma. Por outro lado, a autoria acrescenta no sentido de se cotejar o conto com a fortuna crítica da autora e com seu discurso político (sentido lato), de militante feminista afro-brasileira. Nesse tipo de análise crescem os argumentos, mas afasta-se do texto pelo texto, como arte literária per se. Aí, chega-se na questão das preferências críticas: fazer o close reading do texto, tendo-o como fim em si, ou analisá-lo em relação ao conjunto da obra da autora, ou até das várias autoras que tratam dos mesmos temas ou, ainda, contextualizando-o historicamente e dentro de determinados movimentos etc.?

Para melhor proveito, é necessário avaliar em que contexto a obra será lida. Por exemplo, atendo-se a adoção da literatura afro-brasileira na escola,

A formação dos estudantes com base em uma vertente literária que mostre o protagonismo afro-brasileiro e dê oportunidade ao(à) aluno(a) por meio da literatura de conhecer e de mergulhar em um universo onde as culturas africana e afro-brasileira sejam vistas de maneira positiva e livre dos estereótipos de sub-raça, de escravismo, de inferioridade, entre outros; é um modo eficaz de fazer com que a escola colabore de forma efetiva e definitiva para reconstrução da história dos povos africanos e afro-brasileiros. (MELO; GONÇALO, 2017, pág. 97).

Sem dúvida, nesse caso (e também para problematizar o cânone literário) a autoria faz toda a diferença, porque enriquece, aprofunda e complexifica a questão, sendo o conto (ou qualquer de seus textos literários) apenas porta de entrada para o conjunto de sua literatura e, mais ainda, para toda a discussão que Conceição faz sobre a questão de gênero, raça, classe, conhecimento, história e poder. 
 
Quem melhor sabe o que lhe aflige é quem vive na pele a situação. Isso vale para qualquer pessoa ou grupo. Desse lugar de fala é que nascem os meios específicos para fazer chegar o discurso. Se a melhor forma for a classificação, a especialização ou singularização, de uma área ou vertente artística, técnica, política ou científica, que seja! O que importa é que as disparidades, silenciamentos, lacunas, desigualdades e injustiças sejam evidenciados e tratados. Aí as teorias (literárias, sociais, políticas etc.) e senãos têm o papel, prévio ou contemporâneo, de municiar os atores da mudança (no caso deste texto as mulheres negras) com as estratégias potencialmente melhores. Mas, se as teorias não estiverem a serviço do que realmente importa – neste caso a atividade transformadora –, que cedam lugar ao fluxo prático, até instintivo às vezes, de quem está engajado nas mudanças, ficando então, as teorias, com a tarefa posterior de justificar as ações argumentativamente.

Referências

Teórico-críticas
BECHARA, Márcia. “Feminismo negro não exclui, amplia”: Djamila Ribeiro debate ativismos a convite da França. 16 mar. 2019. In: África e sua diáspora, Mulher Negra. Disponível em: <https://www.geledes.org.br/feminismo-negro-nao-exclui-amplia-djamila-ribeiro-debate-ativismos-a-convite-da-franca/> Acesso em 20 mar. 2019.

CAMARGO, Flávio Pereira. Estudo dirigido / Das margens ao centro – em cena o corpo e a identidade feminina negra. Universidade Federal de Goiás. Programa de Especialização em Estudos Literários e Ensino de Literatura. Faculdade de Letras. Goiânia, 2019.

CARNEIRO, Sueli. Enegrecer o Feminismo: a situação da mulher negra na América Latina a partir de uma perspectiva de gênero. Geledés Instituto da Mulher Negra. São Paulo, 2001. Disponível em: <https://www.geledes.org.br/enegrecer-o-feminismo-situacao-da-mulher-negra-na-america-latina-partir-de-uma-perspectiva-de-genero/> ou disponível em formato PDF em: <https://edisciplinas.usp.br/pluginfile.php/375003/mod_resource/content/0/Carneiro_Feminismo%20negro.pdf> . Acesso em 20 mar. 2019.

EVARISTO, Conceição. Literatura negra: uma poética de nossa afro-brasilidade. In: Scripta, v. 13, nº 25, jul. - dez., 2009, p. 17-31.

FIORINO, Haydée Paixão. Tributo a elas: considerações sobre a produção intelectual de mulheres negras. IBCCRIM – Instituto Brasileiro de Ciências Criminais. Boletim 280. São Paulo, mar. 2016. Disponível em: <https://www.ibccrim.org.br/boletim_artigo/5728-Tributo-a-elas-consideracoes-sobre-a-producao-intelectual-de-mulheres-negras> Acessado em: 19 mar. 2019.

MELO, Carlos Augusto; GONÇALO, Sandra Regina Pereira. Uma proposta de intervenção para o ensino da literatura afro-brasileira nas aulas de Língua Portuguesa no Ensino Fundamental. Letras & Letras | Uberlândia | vol 33 / 1 | jan/jul 2017. Disponível em: <file:///C:/Users/julianobr/Downloads/35361-Texto%20do%20artigo-163490-2-10-20170813.pdf>. Acessado em 21 mar. 2019.

Literária
___________________. Olhos d'agua. Rio de Janeiro: Pallas: Fundação Biblioteca Nacional, 2016, págs. 21-30, 39-42.

Vídeo
ADICHIE, Chimamanda Ngozi. Os perigos de uma história única. TED TALKS. 2012. (18m50s). Disponível em: <https://youtu.be/EC-bh1YARsc> . Acesso em: 18 mar. 2019.



Notas:

1 Entenda-se “raça” como construto social, não categoria biológica.

2 O que falar de Machado de Assis então, um escritor negro que escreveu sobre tipos os mais diversos? (A título de curiosidade, há um interessante artigo que afirma que as elites intelectuais da sua época não admitiam a origem africana do “maior nome das letra nacionais” e teriam, após sua morte, supostamente realizado um “embranquecimento” na sua biografia e, talvez, até em suas fotografia. Cf. NOBRE, Carlos. As duas cores de Machado de Assis. Afro-brasileiros, Patrimônio Cultural. 28 set. 2011. Disponível em: <https://www.geledes.org.br/duas-cores-de-machado-de-assis/>. Acessado em: 20 mar. 2019.

3 Cf. vídeo Chimamanda Adichie: O perigo da história única.Vide Referências.

4 Há falhas em suas obras? Claro que sim. É a perspectiva de um branco sobre a cultura do negro? Sim. Mas basta lê-los com criticidade. É preciso considerar que a cultura e as tradições africanas não elitizadas são transmitidas de forma predominantemente oral e que, por isso, muito se perdeu e tem se perdido com o tempo. Independentemente de quem movimente esforços para resgatá-las e preservadas, é muito bem-vindo.

5 Cf. BHABHA, Homi K. O local da cultura. Belo Horizonte : Editora UFMG, 1998.




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