Uma
literatura feminista afro-brasileira
Juliano Barreto Rodrigues
CARNEIRO
(2001) afirma que os negros estão entre as populações consideradas
descartáveis, supérfluas, e que o processo de globalização
“acentua o processo de feminização da pobreza”. Isso atinge de
forma central a mulher negra que, para além da luta contra as
desigualdades geradas pela hegemonia histórica dos homens, tem que
lutar contra o racismo, um elemento indissociável nas suas ações
de resistência. Afirma a necessidade de uma articulação das
variáveis de gênero, classe e raça, que o feminismo de origem
branca e eurocentrista não faz, deixando que as mulheres não
brancas e pobres “lutem para integrar em seu ideário as
especificidades raciais, étnicas, culturais e de classe social”
(CARNEIRO, 2001, pág. 4).
[…]
segundo Lélia Gonzales, […] a inclinação eurocentrista do
feminismo brasileiro constitui um eixo articulador a mais da
democracia racial e do ideal de branqueamento, ao omitir o caráter
central da questão da raça nas hierarquias de gênero e ao
universalizar os valores de uma cultura particular (a ocidental) para
o conjunto das mulheres. (ibidem).
Tratando
da mesma questão, Conceição Evaristo acrescenta que, entre
mulheres brancas e as mulheres negras:
[…]
há uma condição que nos une, a de gênero. Há, entretanto, uma
outra condição para ambas, o pertencimento racial, que coloca as
mulheres brancas em um lugar de superioridade – às vezes, só
simbolicamente, reconheço – frente às outras mulheres, não
brancas. E desse lugar, muitas vezes, a mulher branca pode e pode se
transformar em opressora, tanto quando o homem branco (EVARISTO,
2009, pág. 18, Nota de Rodapé).
Essa
falta de identificação completa determina uma cisão? Djamila
Ribeiro, escritora, pesquisadora e ativista do feminismo negro no
Brasil, diz que “O
feminismo negro não é um recorte. Muito pelo contrário, a gente
que pensa feminismo precisa pensar essencialmente por uma perspectiva
de classe e de raça. O feminismo negro não exclui, amplia”
(BECHARA, pág. 1, 2019).
A
imagem da mulher negra foi historicamente construída sobre a figura
da escrava ou empregada, marginalizada por ser mulher, por ser negra,
por ser pobre. Luiza Barros diz que “essa marginalidade peculiar é
o que estimula um ponto de vista especial da mulher negra,
(permitindo) uma visão distinta das contradições nas ações e
ideologia do grupo dominante” (BARROS apud CARNEIRO, 2001, pág.
5). Ela indica que essa visão tem que ser potencializada pela
reflexão para a ação política. Haydée Paixão Fiorino fala que:
Realmente,
é repulsiva a formulação discursiva sobre a imagem da mulher negra
que a encerra tanto como a criatura ultrassexual da propaganda quanto
como a figura da “mãe preta”, aquela escrava/empregada que cuida
de todos, que serve a todos. Esse discurso atua para tornar o domínio
intelectual um lugar proibido para as negras, já que, mais do que
qualquer grupo de mulheres nesta sociedade – ao lado, talvez, das
mulheres indígenas –, elas têm sido consideradas “só corpo,
sem mente” (FIORINO, 2016, pág. 1).
Surge
daí o ponto mais importante de resistência da mulher negra, sua
afirmação intelectual, a autodeterminação através da sua voz.
Patrícia
Collins (2002),
apontada como uma das grandes referências do feminismo negro
norte-americano [...] Destaca o combate aos estereótipos por meio da
autodefinição a partir da produção intelectual negra, ao
valorizar as atuações enquanto mães, professoras e líderes
comunitárias. Para essa autora, o ponto de vista das mulheres negras
é definido com base na opressão vivenciada por elas, ou seja, a
partir do lugar que ocupam na estrutura social. (ibidem)
Patrícia
Collins diz que é necessária a construção de “espaços seguros”
para as mulheres negras, espaços independentes das “'imagens'
controladoras de sua condição, como maneira de resistir à
ideologia hegemônica reproduzida pelas escolas, pelas mídias
impressas e pelos meios de comunicação, agências governamentais e
outras instituições do ramo da informação” (ibidem). Supõe-se
que os espaços seguros a que se refere são espaços de pensamento e
de fala, mais do que espaços de reunião exclusivos (que também
podem ser segregatórios). Quando se fala em “espaço seguro”,
acreditamos que se está referindo a um lugar de fala respeitado e
reconhecido, tanto pelas próprias falantes quanto pelo meio
hegemônico, coisa que só se impõe intelectualmente.
A
literatura é o espaço, por excelência, em que o pensamento, as
vivências, as diferenças culturais e de existência podem ser
expressos evidenciando os valores e o imaginário de um povo, de uma
comunidade, de um grupo (étnico, ou profissional, ou artístico
etc.), de forma muito mais íntima e pessoal do que um ensaio e
outras pesquisas acadêmicas, ou até outra forma de arte, podem
mostrar. A literatura afro-brasileira, marcada por essa subjetividade
étnica, literatura a que Conceição Evaristo chama “escrevivência”,
tem, com sua força e falta de limites por ser arte, esse papel de
dar voz – no meio escrito, que é mais perene do que a fala ou a
performance e alcança os meios intelectuais – às mulheres e
homens negros até então silenciados. Nas palavras do professor
Flávio Pereira Camargo,
Esta
literatura contribui de modo significativo para o debate em torno da
situação das mulheres negras em nossa sociedade, problematizando
questões referentes à representação do corpo, do desejo, da
identidade e da condição feminina dessas mulheres. (CAMARGO, pág.
1, 2019).
CAMARGO
(2019) diz em suas aulas, que o sujeito negro tem que falar por si,
do seu lugar de fala. Que há diferença entre as pesquisas e
literaturas de brancos tratando de temas dos negros e aquelas
escritas pelas próprias mãos de quem está, como diz a personagem
Ana Davenga, da autora Conceição Evaristo, “vestido com aquela
pele negra” (EVARISTO, 2016, pág. 29), ou seja, que vive a
situação e carrega toda uma bagagem cultural, estética e de
representação.
A
própria Conceição Evaristo afirma que este posicionamento em
relação a uma literatura afro-brasileira não é unânime, nem
entre os escritores afrodescendentes. Alguns defendem que a arte é
universal e não pode ser rotulada ou definida por gêneros, raças1
ou o que quer que seja. Mas Conceição argumenta que
o
texto, com seu ponto de vista, não é fruto de uma geração
espontânea. Ele tem uma autoria, um sujeito, homem ou mulher, que
com uma “subjetividade” própria vai construindo a sua escrita,
vai “inventando, criando” o pondo de vista do texto. Em síntese,
quando escrevo, quando invento, quando crio a minha ficção, não me
desvencilho de um “corpo-mulher-negra em vivência” […]. (idem,
2009, pág. 18, nota de rodapé).
Pode-se
contra-argumentar alegando que se está negando ao autor singular,
enquanto artista de qualquer raça ou gênero, justamente sua
capacidade de representar, de se colocar no lugar do outro (um outro
real ou fictício) e ver por seus olhos, olhos da ficção, de sentir
na sua pele. Até por isso, por exemplo, o narrador de um romance
raramente se confunde com o autor. Se não, um negro não poderia
escrever sob o ponto de vista de um branco2
(coisa que Chimamanda Adichie disse que fazia no início de sua
literatura3,
antes de optar
por
uma literatura engajada),
um autor branco não poderia ter uma personagem negra, ou índia, ou
japonesa , ou ciborgue, ou animal etc., nem, ampliando a ilustração,
um budista poderia criar uma história sobre um cristão.
Aderindo
a esse posicionamento, consideramos que tais encapsulamentos, que
negam o acesso, a produção ou a vivência de sujeitos diferentes em
diferentes meios, são redutores, geram também preconceitos, como o
purismo fundamentalista (cultural, ou de raça, ou de religião
etc.). São também uma forma de preconceito. O que seria, por
exemplo, do legado de Pierre Fatumbi
Verger,
Giselle Cossard Binon (Yalorixá Omindarewa), Bernard Malpoil,
Natalia Bolívar Aróstegui, Roger Bastide, Lydia Cabrera, Juana
Elbein dos Santos e tantos outros não negros que tanto produziram
para o resgate das raízes religiosas afro, principalmente no Brasil
e em Cuba?4
Se só se legitimar uma literatura escrita por quem pertence ao
próprio grupo, classe, raça, ou gênero referido, quase nada do que
se produziu de literatura até hoje, no mundo, pode ser aproveitado.
Há
argumentos da Teoria Literária para os dois lados, e é preciso
lembrar, por exemplo, que a antiga classificação e discussão sobre
literatura escrita por mulheres – literatura que sofreu, podemos
dizer, o complô masculino para classificá-la como literatura menor
– provavelmente tenha trazido mais prejuízo e preconceito para as
autoras (e nem foram elas que fizeram tal classificação, mas os
homens) do que se não houvesse tal rotulação. A literatura de
autoria feminina se impôs por sua força, trazendo as autoras à
tona de forma inevitável, o que deveria ter tornado indiferente e
descabida, para a crítica e apreciação artística, qualquer
discussão acerca do sexo de quem a produziu.
Seja
como for, a autora de literatura Conceição Evaristo se posiciona
como escritora feminista afro-brasileira, de forma condizente com seu
discurso acadêmico de ensaísta e de ativista. E, independentemente
de se concordar com ela a respeito da existência (ou da necessidade
da classificação) de uma literatura feminista afro-brasileira ou
não, o essencial e urgente é ampliar a presença (visibilizar) e o
foco dados aos personagens negros, fugindo dos estereótipos. Como
ela mesma diz, referindo-se a uma textualidade afro-brasileira, já
tem ocorrido mudanças:
Personagens
são descritos sem a intenção de esconder uma identidade negra e,
muitas vezes, são apresentados a partir de uma valorização da
pele, dos traços físicos, das heranças culturais oriundas de povos
africanos e da inserção/exclusão que os afrodescendentes sofrem na
sociedade brasileira (EVARISTO, 2009, págs. 19-20).
No
conto Maria,
do
livro Olhos
d'agua,
Conceição Evaristo fala de uma empregada doméstica, negra,
sozinha, mãe de três filhos, cada um de um pai. Maria leva para
casa, do serviço, um osso de pernil e frutas para os filhos
famintos. Encontra no ônibus seu antigo companheiro, pai de seu
primeiro filho, que lhe fala de saudade, da vida que tinham, manda um
abraço, um beijo e um carinho para o filho. De repente ele se
levanta do lado dela, onde havia se sentado, e anuncia um assalto no
ônibus. Não pega nada de Maria. Depois que ele e um comparsa
descem, levando os pertences dos passageiros, Maria é acusada de
estar com os ladrões e é linchada.
Maria
sintetiza vários elementos vitimizados pela desigualdade em uma só
personagem: mulher, negra, pobre, em uma profissão subalterna, sem
acesso à justiça institucionalizada. Mas ela é, antes disso,
protagonista, romântica, MÃE. E tudo isso faz com que o leitor se
identifique com ela, tenha empatia e compaixão. A construção
literária vai ao encontro daquilo que Homi Bhabha5
chama de “direito de significar” (BHABHA apud EVARISTO, 2009,
pág. 24) e na contramão daquilo que a militante Conceição
Evaristo critica:
Percebe-se
que a personagem feminina negra não aparece como musa, heroína
romântica ou mãe. Mata-se no discurso literário a prole da mulher
negra, não lhe conferindo nenhum papel no qual ela se afirme como
centro de uma descendência.
[…]
O que se busca argumentar, aqui, é o que essa falta de representação
materna para a mulher negra, na literatura brasileira, pode
significar. Estaria a literatura procurando apagar os sentidos de uma
matriz africana na sociedade brasileira? O imaginário da literatura
tenderia a ignorar o papel da mulher negra na formação da cultura
nacional? (EVARISTO, 2009, págs. 23-24).
O
que Conceição Evaristo faz, em seu conto, é afirmar aquilo que ela
chama de contra-discurso à literatura hegemônica, trazendo textos
“pautados pela vivência de sujeitos negros/as na sociedade
brasileira […] (ibidem, pág. 27).
Maria
é
um texto “pesado”, que toca, que fica na memória porque choca o
leitor com a crueza dos fatos e porque tem verossimilhança, é uma
daquelas histórias bem possíveis de já ter acontecido, com poucas
diferenças (nesse aspecto lembra o conto Feliz
Ano Novo,
de Rubem Fonseca). Faz pensar.
Quanto
faz diferença a autoria se o texto já diz tudo por si? É um conto
que poderia ser analisado da mesma forma se não fosse de Conceição
Evaristo? Sim e não. Literariamente poderia ser, e até as
referências aos estudos de gênero, raça, classe social e injustiça
social poderiam se realizar da mesma forma. Por outro lado, a autoria
acrescenta no sentido de se cotejar o conto com a fortuna crítica da
autora e com seu discurso político (sentido lato), de militante
feminista afro-brasileira. Nesse tipo de análise crescem os
argumentos, mas afasta-se do texto pelo texto, como arte literária
per
se.
Aí, chega-se na questão das preferências críticas: fazer o close
reading do
texto, tendo-o como fim em si, ou analisá-lo em relação ao
conjunto da obra da autora, ou até das várias autoras que tratam
dos mesmos temas ou, ainda, contextualizando-o historicamente e
dentro de determinados movimentos etc.?
Para
melhor proveito, é necessário avaliar em que contexto a obra será
lida. Por exemplo, atendo-se a adoção da literatura afro-brasileira
na escola,
A
formação dos estudantes com base em uma vertente literária que
mostre o protagonismo afro-brasileiro e dê oportunidade ao(à)
aluno(a) por meio da literatura de conhecer e de mergulhar em um
universo onde as culturas africana e afro-brasileira sejam vistas de
maneira positiva e livre dos estereótipos de sub-raça, de
escravismo, de inferioridade, entre outros; é um modo eficaz de
fazer com que a escola colabore de forma efetiva e definitiva para
reconstrução da história dos povos africanos e afro-brasileiros.
(MELO; GONÇALO, 2017, pág. 97).
Sem
dúvida, nesse caso (e também para problematizar o cânone
literário) a autoria faz toda a diferença, porque enriquece,
aprofunda e complexifica a questão, sendo o conto (ou qualquer de
seus textos literários) apenas porta de entrada para o conjunto de
sua literatura e, mais ainda, para toda a discussão que Conceição
faz sobre a questão de gênero, raça, classe, conhecimento,
história e poder.
Quem
melhor sabe o que lhe aflige é quem vive na pele a situação. Isso
vale para qualquer pessoa ou grupo. Desse lugar de fala é que nascem
os
meios
específicos
para fazer chegar o discurso. Se a melhor forma for a classificação,
a especialização ou singularização, de uma área ou vertente
artística, técnica, política ou científica, que seja! O que
importa é que as disparidades, silenciamentos, lacunas,
desigualdades e injustiças sejam evidenciados
e tratados.
Aí
as teorias (literárias, sociais, políticas etc.) e senãos têm o
papel, prévio ou contemporâneo, de municiar os atores da mudança
(no caso deste texto as mulheres negras) com as estratégias
potencialmente melhores. Mas, se as teorias não estiverem a serviço
do que realmente importa – neste caso a atividade transformadora –,
que cedam lugar ao fluxo prático, até instintivo às vezes, de quem
está engajado nas mudanças, ficando então, as teorias, com a
tarefa posterior de justificar as ações argumentativamente.
Referências
Teórico-críticas
BECHARA,
Márcia. “Feminismo negro não exclui, amplia”: Djamila Ribeiro
debate ativismos a convite da França. 16 mar. 2019. In: África
e sua diáspora, Mulher Negra.
Disponível em:
<https://www.geledes.org.br/feminismo-negro-nao-exclui-amplia-djamila-ribeiro-debate-ativismos-a-convite-da-franca/>
Acesso em 20 mar. 2019.
CAMARGO,
Flávio Pereira. Estudo
dirigido / Das margens ao centro – em
cena o corpo e a identidade feminina negra.
Universidade
Federal de Goiás. Programa de Especialização em Estudos Literários
e Ensino de Literatura. Faculdade de Letras. Goiânia, 2019.
CARNEIRO,
Sueli. Enegrecer
o Feminismo:
a situação da mulher negra na América Latina a partir de uma
perspectiva de gênero. Geledés Instituto da Mulher Negra. São
Paulo, 2001. Disponível em:
<https://www.geledes.org.br/enegrecer-o-feminismo-situacao-da-mulher-negra-na-america-latina-partir-de-uma-perspectiva-de-genero/>
ou disponível em formato PDF em:
<https://edisciplinas.usp.br/pluginfile.php/375003/mod_resource/content/0/Carneiro_Feminismo%20negro.pdf>
. Acesso em 20 mar. 2019.
EVARISTO,
Conceição. Literatura negra: uma poética de nossa
afro-brasilidade. In: Scripta,
v. 13, nº 25, jul. - dez., 2009, p. 17-31.
FIORINO,
Haydée Paixão. Tributo a elas: considerações sobre a produção
intelectual de mulheres negras. IBCCRIM – Instituto Brasileiro de
Ciências Criminais. Boletim 280. São Paulo, mar. 2016. Disponível
em:
<https://www.ibccrim.org.br/boletim_artigo/5728-Tributo-a-elas-consideracoes-sobre-a-producao-intelectual-de-mulheres-negras>
Acessado em: 19 mar. 2019.
MELO,
Carlos Augusto; GONÇALO, Sandra Regina Pereira. Uma proposta de
intervenção para o ensino da literatura afro-brasileira nas aulas
de Língua Portuguesa no Ensino Fundamental. Letras
& Letras
| Uberlândia | vol 33 / 1 | jan/jul 2017. Disponível em:
<file:///C:/Users/julianobr/Downloads/35361-Texto%20do%20artigo-163490-2-10-20170813.pdf>.
Acessado em 21 mar. 2019.
Literária
___________________.
Olhos
d'agua.
Rio de Janeiro: Pallas: Fundação Biblioteca Nacional, 2016, págs.
21-30, 39-42.
Vídeo
ADICHIE,
Chimamanda Ngozi. Os perigos de uma história única. TED
TALKS.
2012. (18m50s). Disponível em: <https://youtu.be/EC-bh1YARsc>
. Acesso em: 18 mar. 2019.
Notas:
2
O que falar de Machado de Assis então, um escritor negro que
escreveu sobre tipos os mais diversos? (A título de curiosidade, há
um interessante artigo que afirma que as elites intelectuais da sua
época não admitiam a origem africana do “maior nome das letra
nacionais” e teriam, após sua morte, supostamente realizado um
“embranquecimento” na sua biografia e, talvez, até em suas
fotografia. Cf. NOBRE, Carlos. As
duas cores de Machado de Assis. Afro-brasileiros,
Patrimônio Cultural. 28 set.
2011. Disponível em:
<https://www.geledes.org.br/duas-cores-de-machado-de-assis/>.
Acessado em: 20 mar. 2019.
3
Cf. vídeo Chimamanda Adichie: O perigo da história única.Vide
Referências.
4
Há falhas em suas obras? Claro que sim. É a perspectiva de um
branco sobre a cultura do negro? Sim. Mas basta lê-los com
criticidade. É preciso considerar que a cultura e as tradições
africanas não elitizadas são transmitidas de forma
predominantemente oral e que, por isso, muito se perdeu e tem se
perdido com o tempo. Independentemente de quem movimente esforços
para resgatá-las e preservadas, é muito bem-vindo.
Nenhum comentário:
Postar um comentário