MÓ
Juliano Barreto Rodrigues
Roda gira
e de repente pega de birra,
aí é um deus nos acuda:
parece que tudo que andava
desanda,
que o leite derrama,
e até óleo engarrancha.
Então, é hora de aquietar um
pouquinho,
não se apressar no caminho,
respirar fundo, bem devagarinho.
Que a tempestade passa
e a roda do moinho roda.
Basta não ter desespero
e não fazer qualquer bobagem.
De hora para outra entra a
aragem,
trazendo a alegria de volta do desterro
a mó não tritura mais o peito
e a gente lembra que para tudo
tem jeito.
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