VERDADE SEJA
DITA
Vi dia
desses, no Canal Curta, a poetisa Mel Duarte declamando “Menina
Melanina” e fiquei empolgado com sua pena engajada e afiada. Sabe
quando a gente lê uma coisa que gostaria de ter escrito? Foi assim.
Principalmente com os últimos versos do poema:
“[...]
Preta,
pretinha
Não ligue
pro que dizem essas pessoas,
E só abaixe
a tua cabeça
Quando for
pra colocar a coroa.”
Me
perguntei: – Em que mundo eu estava que ainda não conhecia nada de
Mel Duarte? – Putz, dá para ver nos olhos dela a força do seu
discurso. Aquele “só abaixe a tua cabeça quando for para colocar
a coroa” ficou ressoando na minha cabeça.
Mel é uma
poetisa publicada, que usa todas as mídias para dar seu recado. Além
do estímulo da sua escrita, dá também exemplo aos escritores
iniciantes do que fazer para se fazer ouvido e conhecido. Me tornei
fã e leitor.
Como
referência, é um contraponto interessante para mim: para fugir um
pouco da abstração e tratar de situações mais concretas. As
palavras podem (e devem) ser usadas como ferramentas para mudar
realidades erradas.
Para
terminar, deixo o link de “Verdade seja dita”, resposta
dada a Bolsonaro, motivada por uma infeliz fala sua à deputada Maria
do Rosário. Sintam a força da verve de Mel:
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