Poética prole independente
Juliano Barreto Rodrigues
Me[a]us poemas não dormem.
Ficam com as marcas de nascença,
As cicatrizes da pouca revisão.
São de carne e osso.
Em meio à prole infinda,
Uns aspiram grandeza;
Outros, olhar de gentileza;
Os mais tímidos ou realistas,
O escuro da gaveta.
Mas são todos reais:
Vão à luz sem maquiagem,
Sem enfeite e roupa cara,
Sem plástica, nem bengala.
São poemas vivos,
Daqueles com altos e baixos,
Vírgulas trocadas,
Humor variante
E conta rala.
Há estrelas?
Há!
Mas são exceções,
Na multidão rasteira.
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