Também os mortos sonham
Juliano Barreto Rodrigues
Também sonham, os mortos.
Naqueles raros momentos fátuos
De lampejos fantasmáticos
Em que deliram existência.
Mas são triscos de memória,
Raspos milagrários,
Algo perdido-achado no tempo.
Um mínimo portal entre o tic e o tac.
Uma fagulha do estou
Para, daqui a pouco, não estou mais.
Um raiozinho de consciência,
Milésimo de reexistência,
Arrepio!
[os vivos sentem].
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